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COLÓQUIO ESCOLAS DA PERCEPÇÃO ANO II
Oficinas HIGHTECHLOWTECH e convidados

Noite 9 e 10 de novembro de 2011.

AMP NA LATA TUTORIAL
Mary Fê
Negalê – participação com GERADOR DE BAIXAS FREQUÊNCIAS

SOBRE O AMP NA LATA
O AMP NA LATA é baseado no projeto de Matt  Grover em www.instructables.com
A partir do projeto Sweet Portable Amp de Matt Grover, o engenheiro elétrico Samir Cury e a artista sonora Mary Fê fizeram o Amp na Lata, adaptando o circuito e colocando o Speaker numa lata de batata Pringles. Com os amps foi feito um desfile no carnaval de 2011, na Lapa, do Bloco Lo Fi, com as marchinhas Grosseria Gera Grosseria e Tocou Tocou O Celular, de autoria de Mary Fê e dos integrantes do Bloco.
Monte tudo antes na protoboard, para verificar se está funcionando conforme o previsto. Se positivo, parta para a solda na placa matriz de fenolite!

Você precisa de: 
uma lata (do tipo de batata frita Pringles, ou de bolas de tênis, 
Nescau pequeno, etc...)
uma placa matriz de fenolite
Solda
CI LM386
Potenciômetro de 10K
Fios (podem vir de carcaças de computador)
Ferro de solda
Apoio para ferro de solda
jack mono para guitarra
alimentador de bateria 9v
soquete para CI de 8 pinos (solde tudo lá e no final encaixe o CI, 
para não correr o risco de queimar o chip durante o processo de 
soldar)
Capacitores:
10uF
100uF
4.7uF
470uF


PROBLEMATIZAÇÃO
Propriedades físicas dos estímulos sonoros. Filtragem e amplificação em sistemas orgânicos, a biofísica da recepção/percepção das vibrações mecânicas no espectro do audível e do inaudível.
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NOISESHOW (BAIXAS FREQUÊNCIAS)
Pequenos instrumentos eletrônicos serão criados na protoboard para serem ligados ao AMP NA LATA, da Mary. Existem várias receitas. Numa delas não precisa nem de chip. Instrumentos para noiseShow tendo como base geradores de baixas freqüências.

PROBLEMATIZAÇÃO
A impedância do corpo frente a estes estímulos, muitos na faixa do inaudível, será um conceito trabalhado à luz da arte, física, biofísica e neurociências.

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CIMÁTICA: UM ESTUDO DA VISUALIDADE DAS VIBRAÇÕES
Negalê Jones
Eduardo Colombo
Eduardo Valle


SOBRE O CIMÁTICA

Cimática é o estudo da visualização de vibrações. Particularmente no caso do som (vibração do ar), a criação de um sistema que estabelece a interação das ondas sonoras e o meio material resultando em um direto processo de sinestesia estabelecido pela própria natureza. A conexão entre essas duas formas sensoriais propicia a extensão da compreensão do objeto sonoro e a possibilidade do artista como mediador estudar as questões plásticas envolvidas no uso de diversos tipo de materiais como, fluidos e grãos.

Abaixo temos algumas referências encontradas na internet relacionadas a cimática:
OBJETIVO
A oficina tem o propósito de criar um ambiente para experimentação do comportamento de materiais quando submetidos a estímulo de uma fonte sonora.
MOTIVADORES PARA A EXPERIMENTAÇÃO
Inúmeros projetos e objetos artísticos surgiram através da experimentação dos diversos materiais em relação a um estímulo sonoro. Um exemplo é o trabalho do fotógrafo Alexander Lauterwasser que pode ser verificado no seu livro Water Sound Images.
Nesta oficina iremos proporcionar aos participantes a oportunidade de visualizar as vibrações sonoras e através disto experimentar diversos materiais os quais irão interagir com estas vibrações. Para tanto iremos utilizar: auto falantes, materiais líquidos e materiais sólidos, tais como pigmentos , corantes e tantos outros.

Para o registro das ações utilizaremos câmeras de celulares, fotográficas e de vídeo.

PROBLEMATIZAÇÃO
Propriedades pseudosinestésicas da integração audiovisual à luz das neurociências.

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SISTEMA INTERATIVO PARA IMPROVISAÇÃO & PERFORMANCE EM TEMPO REAL
Eufrasio Prates

Apresentação do software livre Sistema Holofractal de Transdução de Música e Imagem, de minha autoria, disponível online em http://www.4shared.com/file/tNTFHjcm/HTMIv105-app4macOSX.html? utilizado em meus improvisos holofractais de #6 a #15: vídeos em youtube.com/eufrasioprates
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METADADOS FOTOGRÁFICOS DIGITAIS: O QUE SÃO E O QUE NOS DIZEM?
Cristina Amazonas
Investigação acerca dos metadados fotográficos digitais armazenados no EXIF (Exchangeable Image File Format), o padrão adotado pelas indústrias de equipamentos eletrônicos. A partir do entendimento desta informação gravada pelas câmeras digitais e incorporada automaticamente a todo arquivo de imagem podemos pensar métodos de catalogação mais ágeis e mesmo até identificar padrões e inferir conhecimento novo (subjetividade). Palestra, 20 min de duração + abertura para questões 15-20 min.

PROBLEMATIZAÇÃO
Comparação entre as estruturas operacionais identificáveis nos circuitos neurais e nos bastidores das imagens digitais. Analogias, não equivalências serão abordadas no tempo destinado ao debate.

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HARPA DE PREGO
Elen Nas
"Harpa de Prego" é uma escultura sonora produzida inicialmente como experimento visual para a proposta de performance/intervenção urbana intitulada "Prego Amor" (http://www.flickr.com/photos/64310055@N08/sets/72157627001168744/ ).

A escrita com pregos em madeira sólida surpreendeu com a possibilidade de criar sons delicados e, a partir daí uma nova experimentação com processamento destes sons se iniciou:
A proposta da performance é desenvolver esta experimentação com o público, através de softwares de áudio e interfaces gráficas. Para tal, será necessário, a cada apresentação, nesta mostra inicial, de, pelo menos, três voluntários, já que os microfones direcionais deverão estar próximos das partes tocadas, para um retorno mais efetivo na potência, enquanto outros tocam e outros processam o som através das imagens mapeadas e organizadas pela autora.
O objetivo é desenvolver este objeto sonoro, com os recursos apropriados, para dar maior praticidade a apresentação (microfones compactos acoplados, hardwares independentes, etc.).
Elen Nas/ artista multidisciplinar.]

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UM GESTO EM ARTE?
Leila Reinert

Basicamente são desenvolvidas imagens na fita adesiva transparente, ou contact, com materiais diversos como: cola de isopor, papel celofane, tinta de carga de caneta esferográfica, sal, fios de cabelo, canetas de retroprojetor, esmalte de unha, miçangas, ou mesmo negativos de filmes e radiografias, ou seja, uma infinidade de materiais. Essas imagens são encaixadas nas molduras de slydes e projetadas nas paredes, em grandes dimensões.




PROBLEMATIZAÇÃO
O foco está em como um gesto em arte está articulado à nossa percepção do entorno, à nossa atenção com as coisas. Não importa se estamos projetando uma ação com os recursos mais sofisticados, altas produções, ou se desenhamos com cabelo nos azulejos do banheiro enquanto tomamos banho. Em ambas as circunstâncias, acredito, é a percepção que temos do processo vivenciado, ou experimentado, que produz arte. E não importa se sou aluno regular ou das quebradas.
As imagens que lhe mandei foram feitas com cabelo, cola, cinzas, coisas muito "bobas" em si, mas quando associadas, ampliadas pela projeção, relacionadas umas as outras, ganham novas dimensões. Tudo isso usando uma tecnologia primitiva, ultrapassada. É um exercício de sensibilidade e descoberta. Os resultados? A idéia é fazer uma projeção das imagens elaboradas, quem sabe acompanhada de um som ao vivo, como nos antigos cinemas. Acho que o tempo será curto para tanto. Mas se as pessoas curtirem o processo, nada impede que desenvolvam, por elas mesmas, finalizações mais elaboradas.
Então:
1. Como explorar os resultados?
Não sei. Depende dos resultados. Do envolvimento dos participantes.
2. Qual o viés de problematização?
Acho que são muitos. Mas eu diria que o primeiro deles é que o que faz fazer arte não são os recursos materiais, domínios técnicos/tecnológicos, apoios financeiros, e sim um modo de estar no mundo, de habitar uma existência. Quero dizer: há trabalhos de alto custo que não dizem nada, e trabalhos sem orçamento que mudam o mundo. Problematizar é a questão.
Deleuze diz que o importante não é se dar bem em arte, mas na vida.

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RECRIANDO RACIONALIDADES
Virginia Chaitin
Para a Oficina HightechLowtech, pretendo trazer uma nova teoria metabiológica, que provoque desconforto à mensagem neo-darwinista de que somos frutos de uma seleção natural movida a competição e adaptação ao ambiente e que nosso altruísmo é, na verdade científica, expressão articulada de egoísmo. A alternativa é um corpo metabiológico matematicamente construído e perpassado pelo não-computável, por uma informação que vem de fora do sistema existente, e que vive da motivação e da ousadia de buscar e gerar algo radicalmente novo, numa organicidade que reconhece, mas não se limita à sua dimensão maquínica.

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